Outubro Rosa: história e impacto da campanha que salva vidas

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Todos os anos, no mês de outubro, é comum vermos marcas incluindo a cor rosa em seus materiais de comunicação. Mas você sabe exatamente do que se trata a campanha Outubro Rosa e qual o seu objetivo?

Como forma de contribuir para a disseminação da informação, nós do Virtual Office preparamos um conteúdo explicativo a respeito. Vamos falar sobre a história da campanha, seu impacto e compartilhar dicas de prevenção para serem seguidas ao longo de todo o ano.

Continue a leitura para saber mais sobre esse assunto tão relevante para todos!

O que é o Outubro Rosa?

Desde 2008, a campanha Outubro Rosa acontece oficialmente no Brasil, um mês em que são realizadas diversas ações para conscientizar as pessoas sobre o câncer de mama. Saber de onde tudo isso surgiu é importante para fortalecer ainda mais o significado e destacar a relevância das iniciativas.

A origem do movimento vem da Susan G. Komen Breast Cancer Foundation, uma ONG dos Estados Unidos criada em 1982 para auxiliar no tratamento de pacientes com câncer de mama e também apoiar pesquisas sobre a doença.

O nome é uma homenagem a uma mulher que travou uma luta contra o câncer de mama, mas acabou não sobrevivendo. Durante os três anos em que passou pelo tratamento, ela planejava ajudar outras pessoas que estivessem enfrentando o mesmo problema.

Após a partida de Susan, sua irmã, Nancy Brinker, decidiu levar os planos adiante e assim surgiu a fundação. Muitas ações foram criadas nos anos iniciais, sendo escolhido o mês de outubro para marcar a conscientização sobre a doença.

Em 1991, aconteceu a primeira Corrida Pela Cura em Nova Iorque, iniciativa para arrecadar fundos para a ONG. Para simbolizar a campanha, foram distribuídos laços na cor rosa aos participantes. Assim, reunindo detalhes das ações realizadas pela Fundação Susan G. Komen, surgiu o Outubro Rosa.

Campanha Outubro Rosa no Brasil

Levou alguns anos até a Campanha Outubro Rosa se tornar conhecida no Brasil. Em 2002, aconteceu a primeira ação. O Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista, um importante monumento localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado com a cor rosa.

No entanto, foi apenas em 2008 que a campanha realmente se fortaleceu por aqui e várias instituições começaram a abraçá-la. Hoje, a maior parte das empresas e organizações realizam algum tipo de ação no mês de outubro voltada para a prevenção do câncer de mama.

Entre as ações mais conhecidas podemos citar:

  • Distribuição de materiais informativos entre os funcionários;
  • Palestras com profissionais da área da saúde;
  • Eventos beneficentes em prol de instituições que apoiam mulheres com câncer de mama;
  • Ajuda de custo para consultas e exames;
  • Realização de trabalho voluntário em organizações voltadas para a causa;
  • Corte de cabelo para doação a ONGs que confeccionam perucas para mulheres em tratamento;
  • Uso das cores rosa em materiais de comunicação da empresa como forma de atrair atenção para o tema.

Números do câncer de mama no Brasil

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres brasileiras. As regiões Sul e Sudeste são as que concentram a maioria dos casos.

Para o período entre 2023 a 2025, a estimativa é de cerca de 700 mil novos casos de câncer por ano no país, sendo 10,5% deles de neoplasia mamária. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar que a doença evolua e isso possa dificultar o tratamento.

Impacto da campanha Outubro Rosa

Desde a sua criação, a campanha Outubro Rosa impactou pessoas em todo o mundo, fazendo o câncer de mama e os cuidados com a saúde ficarem no centro do debate em diversas ocasiões.

Hoje, instituições de saúde, de ensino e empresas em geral promovem ações relacionadas. Dessa forma, estimulam a população, principalmente as mulheres, a se manter atenta a possíveis sinais da doença e realizar exames preventivos.

Veja, a seguir, os principais impactos gerados pela campanha no Brasil e no mundo.

Aumento da conscientização: o Outubro Rosa trouxe uma visibilidade significativa ao câncer de mama no Brasil, aumentando a conscientização sobre a doença e as formas de prevenção.

Aumento da realização de exames preventivos: a campanha incentivou um número maior de mulheres a realizarem mamografias e exames clínicos das mamas, possibilitando diagnósticos precoces.

Engajamento de empresas e instituições de saúde: empresas e instituições de saúde passaram a promover ações de conscientização e oferecerem facilidades para exames, fortalecendo a luta contra o câncer de mama.

Impacto nas políticas de saúde pública: contribuiu para direcionar políticas de saúde voltadas à prevenção e tratamento do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS).

Alcance global: trata-se de uma campanha global, alcançando inúmeros países ao redor do mundo, unindo culturas e nacionalidades em prol da conscientização e prevenção.

Maior financiamento para pesquisa: a visibilidade internacional do Outubro Rosa estimulou investimentos em pesquisas para aprimorar tratamentos e estratégias de prevenção do câncer de mama.

Mudança de atitudes e comportamentos: a campanha influenciou as atitudes das pessoas em relação à saúde, encorajando mais indivíduos a adotarem hábitos saudáveis e a realizarem exames regularmente.

Redução do estigma relacionado à doença: o Outubro Rosa contribuiu para reduzir o estigma associado ao câncer de mama, encorajando o diálogo aberto e a busca por apoio emocional.

Esses impactos demonstram a força e o alcance do Outubro Rosa, ressaltando a importância da mobilização coletiva na conscientização sobre o câncer de mama, não apenas a nível local, mas em uma escala global.

Fatores de risco do câncer de mama

O câncer de mama não tem apenas um agente causador, existem diversos fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa, em sua maioria mulheres, ter a doença. Essa é mais uma informação importante para ser disseminada, pois muitos dos aspectos envolvem cuidados com a saúde e estilo de vida, acompanhe!

Fatores endócrinos e história reprodutiva

  • Primeira menstruação antes dos 12 anos de idade;
  • Menopausa após os 55 anos de idade;
  • Primeira gravidez após os 30 anos de idade;
  • Não ter filhos ou ter engravidado e sofrido uma perda gestacional;
  • Uso de contraceptivos orais;
  • Ter realizado tratamentos de reposição hormonal após a menopausa.

Fatores comportamentais e ambientais

  • Ingestão frequentes de bebidas alcoólicas;
  • Sobrepeso e obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Exposição à radiação, agrotóxicos e outras substâncias.

Fatores hereditários

  • Ter vários casos de câncer de mama na família;
  • Um ou mais casos de câncer de ovário na família;
  • Ter um caso de homem com câncer de mama na família.

Todos esses fatores são considerados pelos médicos para definir os cuidados que cada mulher deve ter. No próximo tópico falaremos com mais detalhes sobre isso.

Importância dos exames preventivos

A mamografia é o exame utilizado para a detecção do câncer de mama. Trata-se de um raio X capaz de identificar até mesmo tumores pequenos. Por isso, é considerada uma importante estratégia para o diagnóstico precoce da doença.

Segundo o Inca e a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mamografia deve ser realizada a cada dois anos em mulheres de 50 a 69 anos. Recomendação válida para quem não tem histórico familiar de câncer de mama.

No entanto, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica que a realização do exame seja anual e comece aos 40 anos de idade ou aos 25, para mulheres com casos da doença na família mais próxima (como mãe e irmãs).

Para descobrir a melhor recomendação para cada pessoa é necessário consultar um ginecologista de confiança. Assim, o profissional irá analisar o caso para definir a idade inicial e frequência ideais para fazer o exame.

Além da mamografia, durante consultas ginecológicas de rotina as mamas são examinadas criteriosamente pelo médico. Com isso, é possível identificar possíveis nódulos e alterações na pele.

A prevenção é fundamental

O grande objetivo do Outubro Rosa é disseminar informação e estimular os cuidados preventivos. Além de realizar consultas ginecológicas e a mamografia periodicamente, é fundamental adotar hábitos saudáveis, como:

  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Manter uma alimentação equilibrada;
  • Evitar o sobrepeso;
  • Não fumar;
  • Observar as próprias mamas para identificar qualquer sinal de anormalidade, como nódulos (que também podem aparecer nas axilas), alterações no formato dos seios, secreção nos mamilos, vermelhidão, inchaço, mudanças na coloração da aréola e na textura da pele.

Importante: ao identificar qualquer alteração nas mamas, é necessário buscar ajuda médica rapidamente.

Esperamos que este conteúdo seja útil e possa contribuir para que mais mulheres adotem as práticas preventivas. Para levar a informação adiante, compartilhe a postagem com amigas, familiares e colegas de trabalho. O Outubro Rosa salva vidas!