Trabalho remoto nem sempre será a melhor opção

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A pandemia do novo coronavírus transformou o modelo de trabalho de várias empresas. De um dia para o outro, inúmeros trabalhadores viram sua rotina mudar e passaram a realizar suas atividades profissionais remotamente. 

No auge da contaminação, se mostrou urgente o isolamento social. Contudo, após o desenvolvimento e aplicação das vacinas em escala global assistimos o retorno gradativo ao estilo de vida pré-pandêmico. Após essa experiência tão focada no trabalho remoto foi possível compreender que nem sempre essa é a melhor opção. 

Embora existam vantagens em trabalhar home office, há também uma série de desvantagens. Ao longo da publicação você poderá entender quais são os fatores que fazem do trabalho presencial a melhor opção em diferentes casos. Vamos começar?

Trabalho remoto: por que nem sempre é a melhor opção?

O trabalho remoto passou de exceção para regra em diversas empresas como uma medida para evitar a disseminação do novo coronavírus. A partir do momento em que tantos profissionais se dedicaram ao home office, foi possível observar que as vantagens desse sistema podiam ser superadas pelas desvantagens em alguns casos.

A seguir explicaremos por tópicos quais são os principais desafios desse sistema e porque o trabalho presencial no escritório é mais indicado para diferentes contextos. 

1. Dificuldade para separar vida pessoal e profissional

Trabalhar em um escritório contribui para separar a vida pessoal da profissional. Quando se está no sistema de home office, se torna mais difícil fazer essa separação, pois o profissional mora no local em que trabalha.

Durante o período de isolamento social, muitos profissionais perceberam que não conseguiam se desconectar dos assuntos relacionados ao trabalho. Inicialmente, pode parecer positivo estar disponível e pronto para realizar as atividades durante as 24h do dia.

No entanto, com o passar do tempo, além desse comportamento gerar estresse, acarreta redução da produtividade. Pode até ser que no começo os trabalhadores produzam mais, porém, a sobrecarga acumulada reduz a capacidade de entrega e pode levar a quadros de exaustão.

2. Falhas de comunicação

O trabalho remoto demanda o uso de ferramentas de comunicação virtuais e isso pode gerar uma série de ruídos. A comunicação não-presencial exige um esforço extra das partes para compreender o que está sendo colocado em pauta.

A questão é que as pessoas podem interpretar de forma equivocada mensagens escritas e até mesmo pontos debatidos por videochamadas com dificuldades de conexão.

No escritório é possível conversar olhando nos olhos da outra pessoa, de maneira a ser mais fácil entender o que ela está tentando comunicar. Além disso, conversas presenciais têm entonação e a linguagem corporal como auxiliares para compreender o todo. Um pequeno mal-entendido pode se tornar a base de um grande conflito organizacional.

3. Gerenciamento do tempo

Uma das principais queixas dos profissionais que trabalharam em sistema remoto foi a dificuldade de gerenciar o tempo. O ambiente corporativo do escritório contribui para aumentar o foco na produtividade. Já quando o trabalho é realizado em um ambiente informal, como a própria, por exemplo, há mais chances de se distrair.

A interação com os familiares e os pequenos problemas cotidianos podem ser o suficiente para atrasar todas as entregas da semana. Conseguir estabelecer um ritmo verdadeiramente produtivo em casa é algo que demanda mais do que disciplina. O profissional deve se cercar de estratégias para conseguir desviar de questões rotineiras.

Ressaltamos, ainda, que é possível adotar uma rotina de trabalho flexível no sistema híbrido ou totalmente presencial. Os horários podem ser estabelecidos de acordo com o que funciona melhor na vida do indivíduo. O ponto-chave é poder realizar as suas atividades em um ambiente próprio para isso e no qual não há distrações por todas as partes.

A pandemia do novo coronavírus transformou o modelo de trabalho de várias empresas.

4. Prejuízos para a saúde mental

A interação com colegas e até com profissionais de outras empresas, no caso de quem trabalha em coworkings, se mostra extremamente positiva na prevenção de problemas de saúde mental. Trabalhar remotamente pode ser bastante solitário e isso contribui para o aumento de quadros de depressão, ansiedade e estresse.

Para profissionais autônomos a dica é buscar espaços de compartilhamento como coworkings. O simples fato de interagir socialmente com outras pessoas já tem grande potencial para melhorar o seu dia e aumentar a sua motivação. Mais uma vez mencionamos a possibilidade de adotar um modelo híbrido e flexível em que os dois sistemas, remoto e presencial, acontecem alternadamente.

5. Queda da motivação e da produtividade

No começo da experiência do trabalho remoto, muitas pessoas gostaram da ideia de passar um tempo longe dos colegas. No entanto, conforme os dias iam se sucedendo, ficou perceptível a falta que a interação presencial faz.

Como mencionamos acima, há o sentimento de solidão que pode desencadear uma série de problemas de ordem mental. Também se intensifica a falta de motivação, pois, além de não ter com quem dividir os resultados conquistados, pode se tornar difícil concluir as tarefas.

No escritório, quando alguém tem uma dúvida pode rapidamente recorrer aos colegas. Já no trabalho remoto, torna-se mais difícil, uma vez que depende da disponibilidade das pessoas olharem suas mensagens para interagir. Obviamente, que em um contexto em que não há motivação não existem também bons resultados de produtividade. 

6. Falta de segurança da informação

Empresas que optam pelo trabalho remoto devem estar cientes que estão se expondo a eventuais dificuldades de segurança da informação. Com os funcionários atuando cada um em um local diferente, é necessário ter mais cuidado com invasões maliciosas. Os dados mais importantes das companhias ficam mais expostos, facilitando o vazamento de segredos corporativos.

Em 2021, o home office foi um dos focos centrais dos hackers, pois é mais simples roubar dados de computadores mais vulneráveis. As organizações que optam pelo sistema híbrido ou pelo trabalho remoto devem traçar estratégias elaboradas para aumentar a segurança do home office. Treinamentos presenciais para os colaboradores podem fazer toda a diferença.

Conclusão

Para as empresas que entendem o escritório físico como um custo alto, reforçamos que coworkings podem ser ótimas alternativas. Esses espaços são pensados para atender a todas as demandas das companhias, com o máximo de conforto e segurança para os seus colaboradores.

Nem sempre o trabalho remoto é a opção mais interessante para produtividade, segurança e motivação!